terça-feira, 3 de julho de 2012

Vaias e manifestações marcam o 2 de Julho em Salvador


02/07/2012 às 13:28
  | ATUALIZADA EM: 02/07/2012 ÀS 14:12 | COMENTÁRIOS (4)

Da Redação, com informações de Luan Santos e Regina Bochicchio
Raul Spinassé / Ag. A TARDE
Governador baiano foi recebido com muitos protestos no Largo da Lapinha, em Salvador
Governador baiano foi recebido com muitos protestos no Largo da Lapinha, em Salvador
As comemorações pela Independência da Bahia nesta segunda-feira, 2 de Julho, data da expulsão das tropas portuguesas da Bahia em 1823, foram marcadas por muitas vaias e manifestações contra o governador baiano, Jaques Wagner, no Largo da Lapinha, em Salvador.
A maioria das manifestações vieram de alunos e professores da rede pública estadual, que estão em greve há 83 dias. Com gritos de “traidor” e “covarde” entoados pelos manifestantes, o governador foi isolado pela sua segurança. Alguns manifestantes chegaram a invadir o espaço delimitado, mas acabaram contidos.
O estudante Pedro Carvalho Melo, 19 anos, foi apontado por um civil como autor da tentativa do arremesso de um objeto contra a comitiva do governador. O acusado foi levado por uma patrulha da 37ª Companhia Independente da PM (CIPM), no bairro da Liberdade. No local, Pedro negou a ação e foi liberado, por falta de provas.
O governador minimizou as vaias. Afirmou que já foi sindicalista e “sabe como as coisas funcionam”. Segundo Wagner, estava claro que não era uma manifestação da população, e sim, de opositores.
Participação popular - "É uma palhaçada o que o governo está fazendo com a educação. Todo ano participo do cortejo e este ano aproveitei para protestar, para lutar não apenas pelos meus direitos, mas por uma educação melhor", afirmou a professora da rede estadual de ensino Maria Rita Santos, que se fantasiou de palhaça.
A aposentada Maria do Carmo Silva, 63 anos, moradora da Lapinha, enfeitou a fachada com sua casa bandeiras da Bahia e do Brasil e fitas com as cores dos símbolos baianos e brasileiros. Ela contou que costuma enfeitar sua casa há mais de 20 anos e que participa do cortejo há mais de 50 anos. "Moro aqui desde os meus 12 anos e sempre participo do desfile, porque acho que é um momento importante para a história da Bahia e do Brasil, foi o ponto de partida para nossa independência", disse.
Ela também aproveitou o momento para criticar o atual modelo da festa. "Antes, a participação dos cidadãos, do povo, era maior, mas hoje a festa tem muitos protestos, está muito política. Um dia desses vai acabar", opinou.
O cortejo contou também com a participação de representantes de tribos indígenas, como foi o caso da tribo Xingu. "Ainda há muita discriminação contra o índio. Nossa participação no cortejo é para mostrar que os índios tiveram um papel fundamental para as batalhas da independência", afirmou o Pajé Axé Ouro.

3 comentários:

  1. Vaias merecidas! Quem sabe se com essas manifestações ele acaba se convencendo de que a sua postura enquanto governador não está agradando e cai na real percebendo que ele não é o "Dono da Bahia" e que o seu salário e suas mordomias são pagas pelo povo, iclusive com os impostos que nós professores pagamos para o Estado.

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  2. Estive presente nesta manifestação do "2 de julho" em Salvador. As vaias ao governador representaram o descontentamento e a revolta dos professores, alunos, pais e a população à postura antidemocrática do senhor governador que não cumpre acordo e desrespeita a lei do piso. Triste Bahia.

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  3. Gostaria de ter tido esta oportunidade... mas não se preocupe colega cada um recebe o que merece. Uma vergonha estadual que poderá se manifestar nacionalmente no futuro. Aguarde!
    Letícia Simões Sento Sé

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